Na sessão de julgamento de 4 de julho, o Tribunal do Cade condenou oito empresas, oito pessoas físicas e duas associações pelo envolvimento no chamado cartel das embalagens flexíveis (Processo Administrativo nº 08012.004674/2006-50). Foram aplicadas multas no valor total de R$ 305 milhões, sendo as empresas mais penalizadas Inapel Embalagens Flexíveis (R$ 57 milhões), Embalagens Flexíveis Diadema (R$ 58 milhões) e Converplast Embalagens (R$ 65 milhões). Por unanimidade, o Tribunal decidiu pelo arquivamento do processo com relação às empresas Itap Bemis, Bafema Indústria e Comércio, Shellmar Embalagem Moderna, Tecnoval Laminados Plásticos Ltda., Zaraplast e oito pessoas físicas a elas relacionadas, pois não havia provas suficientes de participação.
A conduta, que teve por objeto a fixação de preços mínimos e divisão do mercado, foi praticada entre 2001 e 2006. Durante esse período, a Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis (Abief) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens Laminadas (Abraflex) coordenaram o setor. O objetivo seria repassar integralmente os aumentos de custo de matéria-prima para os consumidores finais: grandes empresas dos setores alimentício, farmacêutico e de higiene, como Warner-Lambert, Danone, Unilever, Kraft-Suchard, Preservativos Ola e Sanofi.